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Emprego e liderança do futuro: como serão?

Emprego e liderança do futuro: como serão?

Entrevistado: Carlos Basso, Diretor Executivo da CR Basso, é autor de vários artigos, manuais e e-books sobre o ambiente corporativo e coautor dos livros “Excelência ao Cliente”, “Gestão do Tempo”, “Equipes de Alta Performance” pela Editora SER+ e foi homenageado com o título de “Empreendedor em RH 2015” pela Revista Gestão & RH.

  • O emprego, como conhecemos, está com os seus dias contados?

Informações de especialistas no assunto são alarmantes. Tecnologias convergentes estão ditando as novas regras. Segundo define Klaus Schwab (*) estamos vivendo um período muito rico de nossa história e o ambiente empresarial não está imune. Segundo ele, a Revolução 4.0. está trazendo inovações tecnológicas e com elas, alimentando grandes mudanças em todo o mundo e trazendo para todos, impactos em igual medida.

Esta revolução se baseia na revolução digital, trazendo desafios para as empresas, seus profissionais e para o mercado consumidor. Menos recursos tem sido exigido em razão da automação e robotização (internet das coisas), ao mesmo tempo, está provocando acentuadas mudanças no mercado de trabalho com a substituição do homem por máquinas. Os maiores beneficiários certamente serão os consumidores pela maior oferta de soluções com maior valor agregado.

Um ponto importante a ser considerado é que a indústria 4.0, ou manufatura avançada, como tem sido chamada no Brasil, é um conceito amplo e complexo, que envolve diversas tecnologias, processos e modelos de negócio, e não existe uma fórmula única para sua implementação, pontua Luiz Egreja, responsável por manufatura e business transformation da Dassault Systèmes.

Trabalho a distância, jornadas flexíveis, trabalhos temporários são uma realidade que de certa forma estão contempladas na recente reforma trabalhista. Agregar valor ao negócio é a nova tônica nas relações e o capital humano também terá que se adaptar.

(*) Founder and executive chairman of the World Economic Forum

 

  • Quais serão as mudanças mais dramáticas nesse âmbito?

Neste cenário, reveste-se de maior importância ainda a formação e desenvolvimento do capital humano. Apenas como exemplo, vamos pensar no trabalho de um profissional que há 10 anos atuava na portaria de um edifício. Quais eram as exigências em capacitação do mesmo? E agora, com as novas tecnologias dos prédios inteligentes, portaria com atendimento remoto, controles de acessos digitais, etc., que competências são exigidas?

O atual processo seletivo e de formação profissional para as novas funções, contem novas exigências e isso exige gente preparada. O mercado continuará a ser cada vez mais seletivo para as melhores oportunidades de trabalho.

 

  • O que o Brasil deve fazer para não “ser pego de surpresa” por esse novo modo das relações do trabalho?

É surpreendente observar o quanto nossos governantes têm sido negligentes quanto a educação escolar. Em ranking divulgado em 2017, o Brasil aparece em penúltima posição, entre 40 países pesquisados. A lista pertence à Pearson International e faz parte do projeto The Learning Curve (A curva do aprendizado, em inglês).

Hoje 70% do orçamento da educação vai para o ensino superior e as consequências são gritantes. A maioria dos jovens que ingressam para o ensino superior tem enormes dificuldades em português e matemática. Isso precisa ser urgentemente trabalhado no ensino oficial. As consequências é que um grande contingente de alunos quando ingressam no mercado de trabalho não estão preparados para as exigências requeridas.

Outro aspecto importante que é um desafio para nossos governantes diz respeito a investimentos no campo da pesquisa. Precisamos de uma política de investimentos que incentive nossos jovens a permanecerem no país. Aponto os incentivos fiscais e parcerias com a iniciativa privada como uma das saídas. o país necessita de um sistema de educação eficiente, que desperte nos alunos o gosto pela ciência, condição fundamental para que mais pessoas escolham a carreira de cientista e possam levar adiante mais pesquisas que levem a novas tecnologias e inovações. Pesquisa, ciência, tecnologia e inovação começam na educação.

  • Como o senhor definiria o executivo do século 21?

Um profissional com visão global, empreendedor, influenciador, que domine diferentes idiomas, inovador, adaptável e que seja agente de mudanças, que respeite e invista no capital humano, hábil comunicador, que valorize o planejamento e a gestão por indicadores, com comportamento íntegro e seja agente inspirador para o trabalho em equipe.

  • Que características um líder bem preparado deve possuir?

Entre as características mais importantes para um líder bem preparado, que exerce por delegação um cargo na gestão, acima de tudo ter: visão de futuro, senso de dono e que valorize o planejamento, adaptabilidade, integridade, respeito ao ser humano, humildade, parceiro, comunicador assertivo, focado em resultados, bom negociador e gerenciador de conflitos, que seja imparcial na avaliação de desempenho de liderados, justo nas práticas de feedback, e entre outros, que incentive e valorize o trabalho em equipe.

 

  • Algumas dessas características podem ser natas ou na maioria dos casos necessita de aperfeiçoamento e treinamento?

Naquilo que corresponde aos valores, estes são intrínsecos do ser humano, embora todos tenhamos a oportunidade de em ambiente favorável – cultura interna da organização – mudar nossas escolhas. Quanto às características ou competências comportamentais, todas podem e devem ser desenvolvidas ou aperfeiçoadas. É aqui que entram as consultorias de treinamentos ou escolas de negócios propondo programas de formação e desenvolvimento de líderes.

Diante deste cenário desafiador e atenta às necessidades, a CR BASSO está lançando o Leadership One, inovador programa de desenvolvimento de líderes, onde o gestor é conduzido em um processo inspirador, focado no desenvolvimento pessoal e profissional, com o objetivo de trazer resultados excepcionais aos participantes. O programa é o mais extenso e completo que existe no mercado brasileiro.

O curso acontecerá de 22/10/18 a 26/10/18 na Avenida do Café, 429 (Estação Conceição do Metrô), em São Paulo.

 

  • Pessoas são o principal recurso competitivo de uma empresa. Esse recurso está sendo bem gerido em nosso país de um modo geral?

Pessoas são verdadeiramente o principal recurso competitivo de uma organização. São elas que planejam, priorizam, negociam, se relacionam, enfim criam e entregam valor ao cliente. Entendo que o recurso humano não vem sendo gerido adequadamente. Partindo do princípio que nossas escolas formais não tem oferecido uma boa base escolar como já mencionado, instituições que oferecem soluções em educação corporativa são extremamente úteis ao país e às empresas visando suprir as lacunas dos profissionais no mercado de trabalho. Vale salientar que diversas empresas dispõem de áreas internas que visam prover soluções, através de universidades corporativas, porém o percentual de organizações que contam com essas soluções é ainda muito pequeno.

Alunos e organizações contam ainda com instituições especializadas em ensino corporativo que oferecem cursos de Pós-Graduação e MBA que muito auxiliam neste mister, no entanto, observo por depoimentos de alunos, que muito do que é oferecido, ainda fica no campo teórico, e distante das práticas no ambiente corporativo.

Consultorias de treinamento e escolas de negócios a meu ver, dão uma enorme contribuição na educação profissional possibilitando às organizações e ao país de modo geral elevarem seu nível de competitividade.

Sobre a CR BASSO

A CR BASSO atua há 23 anos no mercado de educação corporativa e projetos de consultoria oferecendo cursos nas modalidades in company e abertos nas áreas de estratégia organizacional, comportamento humano, recursos humanos, comunicação, atendimento e vendas, suprimentos e qualidade e produtividade. Sete em cada 10 das empresas listadas no Guia Maiores e Melhores da Revista Exame já contrataram os serviços da CR BASSO.

Nos últimos três anos, A CR BASSO foi eleita a empresa “Melhor Avaliada no segmento Consultoria de Treinamento do Brasil” pela Revista Gestão & RH. O Diretor Executivo, Carlos Basso, e idealizador do Leadership One – Programa de Desenvolvimento de Líderes, é autor de vários artigos, manuais e e-books sobre o ambiente corporativo e coautor dos livros “Excelência ao Cliente”, “Gestão do Tempo”, “Equipes de Alta Performance” pela Editora SER+ e foi homenageado com o título de “Empreendedor em RH 2015” pela Revista Gestão & RH. Saiba mais: https://www.crbasso.com.br/

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